09/04/2010

Boa praça

friends_talking_on_bench  Lâminas helicoidais
Descem pelos
Telhados e pelas
Sombras que
Estes fazem às
Luzes do altivo
Candeeiro central.
Correntes límpidas
Descem como
Negros fluidos,
Espessos,
Nessa projeção.
Sentam-se sob
Elas e ao som
Dos pingos nos
Nos telhados ferrosos
Os donos da
Considerada
Cafeteria, conforme
Os antigos faziam.
Abrigados,
Embriagam-se,
Testa-a-testa,
Ensimesmados,
Com léxico arejado,
Alheios à paisagem
Que encaram do
Camarote como
Qualquer tripulação.
Conforto.
Não obstante
Poltronas são chapas
Duras de concreto,
Paredes são os véus
Noturnos e os pedidos
São feitos às faces
Estranhas que trajam
Loucura.

Por H.O.

2 comentários:

  1. Li a poesia e montei todo um cenário, todas as características dos personagens. Amigos de longa data, que o entendimento acontece no olhar. Bebida, cigarro e pouca conversa.
    Gostei, amor.

    Beijo.

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  2. INTERESSANTE SEU MODO DE ESCREVER.
    GOSTEI DA SUA POESIA,CONTINUE SEMPRE CRESCENDO.
    SUCESSO!!
    RITA DE CÁSSIA

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