17/11/2009

Elã

Infortúnio
Das manhãs
Acinzentadas,
Medíocres e
Amareladas
Pela
Companhia do
Tabaco.
De novo.
A roupa de
Cama clama
Por amassos
E gotas de
Maquiagem
Escorrendo
Em suores de
Outro corpo.

Feminilidade
Desabraça
Essas vãs
Horas matinais.
A fumaça
Tragada sai
Em rajada
Fede e se
Vai...
Foi.
Não é uma
Companheira
Que se preze.

O amarelo
Do dia só
Banha
O filtro de
Morte do
Cigarro.
Preciso, sim
Da amarelidão
Não-tabagista,
Do calor
Oriundo de
Práticas
Humano-amigáveis.
Amor, convivência
E sexo; por que não?!
O carinho acumulado,
Endereçado, não enviado,
Emascula o levantar dos
Meus dias.
Encastelam-se em
Beijos exasperados
E desesperados de
Amor.
Sento, me aprumo.
Meus lençóis são
Um silêncio de duas
Vozes.
Uma está a lhes faltar:
"Estou indo te buscar".

Terça-feira, 10 de novembro de 2009
H.O.